sábado, 9 de junho de 2012
Vivo
E quando nossos lábios se tocaram
e o vinho entorpeçeu nossa alma
vazou o sangue das minhas veias
mas esse sangue era doçe como mel
Na imortalidade desse sangue derramado
foram derramas as lágrimas por ele
mas não lágrimas de tristeza e sim de alegria
essa alegria nada mais que o seu toque
Meus fastasmas voltaram,
mas isso me fez perceber
o meu "vivo" era o que queria
fantasmas morreram no passado
Na subremacia de seus sorrizos encontrei meu cianeto
e morri embebedado com ele,
mas jamais quis estar vivo sem ele
então me mate para que eu esteja realmente vivo com você
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Meu reino, meu Inferno
De olho no inferno,
aonde levantei
Inimigo nenhum sobreviveu
meu demônio tombou
Ergui do trono a coroa
e pus sobre minha cabeça
e então minha alma tornou-se rei
Príncipes de legiões infernais me desafiaram
minha espada reluzia sangue
minha sede sacia com lucidas mortes
então mais uma vez ser exaltado como guerreiro
Minha coroa não tombou
Ergui minhas mãos
e mostrei que um homem é legião
terça-feira, 22 de maio de 2012
A Perfeição
Então nos mundos dos mortos
Levantei minha cabeça
E eis que vi tão completa perfeição
Vi o mundo dos mortos
E essa perfeição era apenas parte do mundo
O mundo do qual eu sou feito
E desde então vi a perfeição em mim
Vi que o imperfeito era perfeitamente belo
E nada que a vida recriar
Poderia desembelezar a morte
E então desejei mais do que nunca a morte
Então bebi do vinho dos deuses
E eis que o gosto do doce veneno
Tocou-me a língua,
A morte e cobriu com seu véu
E ficamos perfeitos juntos
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Blutengel - Childhood
Quando eu era um garotinho
Eu vivia em um reino encantador
Tudo estava repleto de magia
Tudo era novo para mim
Eu encontrei todo o amor que eu precisava
Deitado nos braços de minha mãe
Ela me protegeu do mal
Ninguém jamais me machucou ali
Agora, eu me encontro em um mundo de tristeza
Diga-me, onde está a minha infância desaparecida
Ninguém me mostrou o amor que eu preciso
E ninguém vai me proteger aqui
Estou na jornada sem fim
Tento não perder minha cabeça
Eu tento encontrar confiança em mim mesmo
E no mundo que eu vejo
Onde está a minha infância desaparecida?
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
A Minha Miséria
Andando na rua
Cabelo desarrumado
Alma morta
Mas ela ainda vive em mim...
A minha MISÉRIA
Como posso ainda sentir isso?
Eu não havia morrido em suas mãos?
Caminhando na chuva,
morrendo de novo
mas ela ainda vive em mim...
A minha MISÉRIA
Eu ainda sinto isso pulsando
A minha MISÉRIA
Vou brindar minha morte
Posso te amar em segredo de novo?
Minha MISÉRIA?
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
O Vaso da morte
E havia um vaso, lacrado escrituras envenenavam meus olhos e de quem as lia, dois sapos repletos em sua pele de musgos o guardavam, suas aparências eram humanísticas, seus olhos haviam rugas, embaixo à boca barba e um sem, a união era representada neles, um casal, e a sua existência devia apenas a tarefa de guardar o vaso.
Mas um dia a beleza do vaso florido em cores vividas, tão misticas que faria qualquer rei deseja-lo, tentou-os a abrir-lhe, as escrituras que o lacravam se desfizeram. Eles, juntos, abriram o tesouro que deus os proibira de abrir.
Do vaso saiu tão linda figura negra, e sua cor mudou-se alvida, translucida era sua beleza, formaram-se de sua cabeça caxos castanhos e reluzentes, aparentavam ser as cabeleiras de anjos, seus olhos brilhavam mais do que as estrelas, e sua pele era mais branca que a lua. Tanto era rua beleza que todos desejavam toca-la com as mãos e ela possuir.
Deslizava pelo ar e todos iam tocando ela, e a cada um que a tocava, sua beleza aumentava. Todos que a tocavam caiam no chão, seus corpos perdiam a luz, e não se movimentavam mais... Estavam mortos, todos que a tocavam morriam.
Todos passaram então, a repulsa-la, mesmo mediante possuidora de maior beleza a cada toque, ela era o que mesmo deus que a criou não queria, a morte, o doce negativo, e mesmo repulsando, todos a desejávamos, todos queríamos ela, mesmo deus que a fez, e desde então, todos estamos destinados a toca-la.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
O Meu Vermelho
A lua e o céu
com as estrelas brilhando
meus sentidos se foram
e o céu foi nublando.
A lua sorriu com as nuvens
eu sorri de volta,
meu mundo explodiu em um vermelho
minhas cores se tornaram parte desse vermelho
Novamente eu nasci, filho deste vermelho
e o vermelho tomou meu céu,
e a minha lua chorou sangue,
as nuvens cobriram ela e sozinho eu estava.
Eu bailei nesse líquido vermelho,
de compania, a solidão,
viscoso era o líquido,
Eu cai no sangue chorado,
lentamente, morri...
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Tédio
Sentado no escuro...
Flutuando no ar...
Aonde eu estou?
Perdi a vontade de fazer tudo...
Tédio... Odeio fazer o que preciso
Odeio não fazer o que preciso
Extreçe, Raiva, Inquietação...
Porque não ouço, as batidas do meu coração?
Por tédio cortei meus pulsos,
Arranquei meu coração,
E o entreguei em suas mãos
Acendi meu ultimo cigarro e cai no chão
O anjo da morte veio me buscar,
Eu a aceitei e descobri a verdadeira vida...
Sentado no escuro...
Flutuando no ar...
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Insônia
Deitado no silêncio da noite,
Com os olhos mirados no teto
O sono se foi mais uma vez
Minha alma longe dos sonhos está...
Minha mente tão vazia...
Vaga solitária em milhões de pensamentos mortos...
O descanso que hoje não tenho...
O desejo que não tenho... Dormir...
Desejava perder-me em seus sonhos
À navegar mais uma noite em meus pesadelos
Pensar neles me tira o sono e a vontade de acordado ficar
Penso às vezes estar sonhando...
Mas estou acordado em meus pesadelos...
Foi me tirado o sono hoje,
Para um dia deixar-me sonhar para sempre...
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Fumaça
A fumaça entra pela minha garganta,
Infla meus pulmões, e corre por minhas veias
Minha alma se naftaliza e meu corpo extremeçe
Meus olhos se fexam e meus corpo adormece
A fumaça sai da minha boca,
E ela vira uma bailarina ao vento...
Meu pulmão vazio está, nada o preenche
E a fumaça se vai...
Em minha mão a fumaça toma forma
Ela é a causadora de tudo,
Queimando suavemente, tornando-se fumaça
Viajando por tudo novamente,
Você faz minha mente
domingo, 22 de janeiro de 2012
Obrigado
p.s.: sou eu nessa foto
A minha vida...
As minhas palavras ao vento
Jamais tocaram aquelas
às quais se endereçavam
jamais verei um sorriso no meu rosto
sem estar com aqueles que me fazem bem
jamais estarei como realmente desejo com as pessoas
por medo de estar com quem não me mereça
talvez eu tenha me perdido na vida,
mas me achei na morte,
e vi seu pranto em meu tumulo
sorrindo por me ver morto
obrigado pelas palavras,
pelos sorrisos,
pelas lágrimas
pelo sepulcro
sábado, 21 de janeiro de 2012
Cemitério da Minha Mente
Veja na vida a lábia da morte
Demônios sopram em meus ouvidos
Anjos não me protegem
Vejo a morte, vejo a vida.
Sou testado até o inferno
Olhos frios olhando para mim
Mais eternos, que o próprio inverno.
Vejo um lugar onde o sol chega a ser azul
O mais frio congelante.... minha sepultura geme
Está tão escuro lá fora, minha dor brilha tão forte
que minha anistia parece inútil igual meu sorriso
Minhas sombras me chamam para dentro
Mas esse frio de aqui fora, me acompanha para dentro
Serei eu destinado a viver nesse frio?
Serei eu sem calor para me aquecer?
Serei eu aquele que deve apenas morrer?
Ou essa dor desfalecerá, por me render,
Decidi não mais lutar
Agradeçimentos à Taís
Queria escrever uma dedicatória à Taís Montoia, uma amiga muito querida por mim, me ajuda sempre com o blog com as opiniões dela sobre meus poemas e as imagens postadas em conjunto com eles, ela é uma gótica que reside a mesma cidade na qual que resido, quero (devo) agradeçer muito a ela.
Antes que eu me esqueça obrigado por me acompanhar nesta sexta no centro, e visitar o cemitério com esse poeta gótico...
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