sábado, 11 de junho de 2011

Espero que gostem...



Com não tive tempo para escrever alguma coisa lucida e importante hoje, deixo para vocês um poema, que embora não te garanto que vai gostar, garanto que tem significado e que você entederá


      Eu nasci nas profundezas, aonde a luz não alcança.
      Envolto pelas trevas. Incerto sobre o futuro.
      Nascido sob aqueles resíduos negros... completamente negros.
      Eu possuía um corpo alvo. Meus companheiros tinham corpos negros.
      Esses corpos negros... com suas bocas descobertas e olhos reluzentes...
      sem dúvidas devoravam algo...


      E então... em mim, nada havia .
      Eu não sentia nada! Não...
      eu fui incapaz de notar que o que eu sentia em era "vazio".
      Incapaz de ouvir. Incapaz de comer.
      Incapaz de sentir o cheiro. Incapaz de sentir o toque.
      Incapaz de dormir.
      Não possuía companheiros.
      Apenas... vagava sozinho.


      Vagando... vagando... vagando...
      vagando... vagando... vagando... vagando....
      Quando dei por mim... encontrei algo extraordinário.
      Foi, de certa forma, o local de nascimento...
      para estranhos objetos translúcidos que povoavam este mundo.
      Foi a primeira vez que algo chamou a atenção dos meus olhos.


      Sem cor. Sem som. Sem fragrância.
      Não interagia com nada, apenas existia.
      Foi a existência mais perto do "vazio"...
      que meus olhos encontraram.
      Eu atirei meu corpo... naquele grande "vazio".
      Não havia nada ali.
      Minha visão se esvaiu, e eu  me dissolvi no vazio.
      Senti como se tudo houvesse desaparecido.


      Se a felicidade existe nesse mundo...
      então ela deve ser algo que se assemelha ao completo vazio.
      O vazio significa não ter nada, e não ter nada a perder.
      Se isso não é ser feliz, então o que é?


      Não se refira a mim como um humano.
      O que não reflete em meus olhos, não existe.
      O que reflete em meus olhos, não tem significado.
       Não há nada em mim e em você...
   

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